domingo, 22 de maio de 2011

Como construir um Mundo Melhor.

Hoje tive medo de ser quem sou. Simplesmente saí de casa e senti todos os olhos do passeio, da estrada, da sala cravados nas minhas costas. Diferentes hoje, mas só eu é que sabia disso. Contudo continuei com medo dos olhares inquisidores, do dedo da vergonha bem na direcção do meu nariz pequenino. Num egoísmo franco e claro, continuei com medo, a caminha rapidamente para evitar olhos conhecidos, para evitar mostrar os meus olhos, tão normais, às pessoas normais, num receio infinito da diferença que nos dividia. Ou que, eventualmente, podia dividir. Este sentimento mau guardou, no sotão do lugar onde vive, todos os casos clínicos e sociais de diferenças que abalaram o mundo, que se fizeram unas na sua individualidade, e, num sofrimento perene, fizeram do mundo um lugar melhor. Talvez seja esse o meu medo; não sei como o fazer sozinha.

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