terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fauvismo.

Todos nós nos sentimos sós. Uma vez na vida, que seja. Na escuridão do Mundo, no cantinho mais escuro, mais tenebroso da nossa vida, lá estamos de castigo, com as vergonhosas orelhas de burro, virados para a parede. Estamos sós. E estamos bem. Pensamos da dor de estar com alguém, pois é a solidão que faz bem. Faz crescer, na reflexão que o escuro nos atira, para nos alimentar. Somos não mais que feras esfomeadas de solidão, que o Mundo controla constantemente, atirando um pedaço de cada vez.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Rabia.

Pára de esmurrar a parede, por favor!
Os pregos, que te descarnam os punhos, não são os culpados da má língua que corre pelo corredor fora.

sábado, 27 de novembro de 2010

Como construir um Pelourinho.

Pedras, quero ver as pedras a esvoaçar.
Projectadas sem dó nem piedade, atingindo com força os corpos inertes. Grandes pedras, pesadas pedras. Que arranquem os bocados da carne já fria, espalhando o sangue no chão.
Quero rir-me daquela figura despedaçada que toma o lugar do espantalho velho, que outrora se dedicou à prática intensiva do susto. A figura, que é já espantalho sem olhos, está na praça pública à mercê de Ti, que apedrejas sem dó, sem penar. Quando a figura te pertencia, quando no calor sabias que a tinhas, o trigo do campo não te interessava. Que o diabo o levasse! Os dias no interior do quarto, sem os olhares inquisitórios da multidão furiosa, traziam-te a felicidade que até então desconhecias. E nas palavras doces, murmuradas no teu pescoço, sentias a tentação de comer a última fatia da tarte, que arrefecia na janela.

Porém, da figura a verdade surgiu. Assim, de repente, não mais que de repente, não estavas num quarto fechado nem dançava no ar o cheiro guloso da tarte, já fria. Ficou apenas a doçura da carne que bate na calçada, pedaço após pedaço, alimentando os corvos que poisam junto daqueles pés descalços.
Os pés da figura condenada, que arrancavas de ti à pedrada.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Realeza

"Neste mundo não podemos passar uns sem os outros.
É muito raro podermos confiar em alguém, mas é preciso, quase sempre, fingir que confiamos."

Rainha Cristina da Suécia.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Hipocondria .

Nada. É alguma coisa. É nada.
É legítimo, então, dizer que ainda sinto algo. Apesar de ser nada aquilo que sinto. É nada!
O êxtase da felicidade descabida dançou, rodou e caiu numa tristeza inflamada pelas ásperas cinzas da escuridão em que me vi envolvida. E entre cada extremo jorraram, esvaíram-se emoções! Por todo o lado, à queima-roupa acertaram até em quem não merecia uma emoção na cabeça. Inocentes almas decepadas por lancinantes emoções que voavam perdidas pelo ar. E entre um extremo e o outro o tempo fugia

[Anda cá, Bandido!]
de mansinho, disfarçado no meio de tanta emoção

[Apanha que é ladrão!].
Nem dei por ele passar e ir embora!! Pois, hoje, o tempo não passa mais, onde os dias são apenas dias, iguais a dias, que são iguais a dias que por ai passaram, pararam e desapareceram, por fim.
Hoje as emoções perderam-se de vez, não se limpam armas, nem tão pouco corações.
Simplesmente, não sinto Nada.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Crafts.

Não é o silêncio
Não é ele que temes
Palavra alguma ecoa
E no espaço vazio
Que no coração deixou
Não o ouves
Palavra alguma ecoa.

No resguardo
Das palavras guardadas,
Com uma indiferença imensa,
Ele e tu
Fazem agora todo o sentido.

Se juntam
Unem as mãos
Os braços
São abraços
Que te forram as paredes
Do orgão sentimental
Acolhedora casa
Para onde te voltas
Quando a solidão,
O medo do mundo,
Te assombra.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Obesidade .

Não consegue ver
Ao fundo da cama está uma luz.
É apenas um clarão pequenino
Mas não o consegue ver
Não sabe que segredos esconde
A Luz.
A Luz que não vê
Tão perto,
No final do colchão,
Por de trás dos pés inchados
Por de trás do estômago farto
Que se alimentou
De sonhos,
Tantos sonhos.
Agora,
Estão envoltos no negrume da noite
Do quarto
Mal iluminado pelo clarão
Do único sonho que não consumiu.
Da candeia acessa
Ao fundo da cama
Demasiado pequena.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mito.

Há dias,
Talvez momentos
Que és Atlas, o Titã.
Que nos teus ombros nus
Carregas o peso do Mundo,
A fome dos dias felizes,
O frio do abraço esquecido.
Suportas arduamente
Sem um penar soltar.

És Tu apenas
Que sustentas o peso,
A dor de suster,
A dor de querer, ou não,
Ser tudo e ser nada
De segurar as pontas ao Mundo
De o aconchegar nas estrelas
Manter a ordem e o caos
Fechados por de trás dos teus dentes
Para não acordar a vida
Que continua a caminhar
Adormecida em terno sono
Embalada pelo respirar baixinho
Que do teu peito nasce
Fatigado.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Última Elegia (V)

(...)
meus passos
são gatos

Comendo o tempo em tuas cornijas
Em lúridas, muito lúridas
Aventuras do amor mediúnico e miaugente...
So I came

- from the dark bull-like tower
fantomática

Que à noite bimbalha bimbalalões de badaladas
Nos bem-bons da morte e ruge menstruosamente sádica
A sua sede de amor; so I came
De Menaipa para Forox, do rio ao mar - e onde
Um dia assassinei um cadáver aceso
Velado pelas seis bocas, pelos doze olhos, pelos centevinte dedos espalmados
Dos primeiros padres do mundo; so I came
For everlong that everlast - e deixa-me cantá-lo
A voz morna da retardosa rosa
Mornful and Beátrix
Obstétrix
Poésia.
(...)
Vinicius de Moraes

Desarrumação.

Pintei-te.
E hoje não estavas lá.
Foste tomar um café?
Podias ter deixado tudo arrumado!!
Estou farta de tropeçar em ventrículos abertos, vasos capilares partidos e de me desviar de poças (leia-se pôças!) de sangue venoso!
Raios te partam!

domingo, 14 de novembro de 2010

Como construir uma Fonte.

Copiosamente. É o segredo. Duas grandes fontes, grandes e límpidas fontes, jorram copiosamente.
E copiosamente é o segredo. Não param, não sossegam.
Talvez se lembrem de secar durante uns breves instantes, mas, copiosamente, deixam cair, escorrer, as lágrimas.
Se os automóveis pudessem viajar a lágrimas! A ecologia deixaria todas as convenções e passaria a ser Azul.
Porém, a ecologia, as árvores e os oceanos não sentem nada. Alimentam-me, assim, o desejo de ser parte da ecologia Azul, que brada do lado de fora da minha janela. Poderia ocultar ao Mundo qualquer faculdade humana (insana!) que na terrível condição de menina ladina me deixa constantemente, copiosamente, as lágrimas jorrarem.
Se alguém atirar uma moeda e pedir um desejo, talvez ele se realize quando bater no fundo das lágrimas. Ou talvez alguém arregace as mangas e procure no fundo das lágrimas alguns trocos abençoados. Para café; com sorte, para tabaco. Já ninguém compra presentes.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Como construir um Castelo.

Os dias cinzentos voltaram. Como senti falta deles.
Vêm constantemente, sem avisar. Nem um postal (com a morada do destinatário escrita do lado esquerdo, onde há mais espaço para divagar sobre uma rua qualquer). Aparecem, assim. Com tal falta de aviso prévio que nem dão tempo para se por as contas em dia! Afinal, baldes de tinta, pincéis e diluente ainda se tornam despesa, com a frequência louca com que são adquiridos. E a mão de obra? As paredes de uma alma, de uma casa cinzenta não se pintam sozinhas! E o coração? Quem tratará de o remodelar? Dissolver todo o nevoeiro, abrir uma janela e deixar a fumaça voar, misturar-se nas nuvens da calçada. Alguém deve fazer esse trabalho ingrato! Como podem os dias cinzentos querer voltar se ninguém lhes dá o tratamento principesco que eles merecem? Eles que vêm, que apagam a cor que tão arduamente foi compondo a felicidade, lembrando, mancha após mancha, que a promiscuidade de um sorriso é tão fatal como a escuridão dos pesadelos. Só tornam a parede mais grossa, obrigam a tinta, a cor, a procurar preencher a lacuna que o vazio do cinzento deixou. Camada após camada.
Hoje, a casa já não tem paredes, de facto. Tem muralhas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Palavra das pessoas que nos Amam é sempre importante.
É almofadar um bocadinho o espaço vazio que fica no Coração.

domingo, 7 de novembro de 2010

Dia internacional da palavra Amo-te.

Já não sei escrever sobre Amor
Já não sei se sinto Amor
Talvez nunca tenha sentido Amor
Talvez não exista Amor.
Alguém sabe?
Quem sabe?

Hoje não sei se quero Amor.
Não quero Amor.
Não O procuro.
Ao Amor, entenda-se.

Hoje sinto que este sentimento me bate com força no peito, que me consome os minutos, os segundos, mas não as horas! O sentimento, o algo, a coisa, a cena está cá. Porém, não quer estar.
Hoje dedico o dia ao Amor. À palavra Amor. Ao amar alguém. Ao Amo-te. À palavra Amo-te.
Vejo-a no dicionário, vejo-a nas casas, nos carros, nas ruas, nas pontes. Mas não a sinto.
E talvez não a queira sentir nunca mais, porque os dias dedicados a esta palavra são iguais aos outros, são dias como outros dias.

São só dias.
É só uma palavra.
É só Amo-te.
AmoteamotetamotamotemotemoatemoaTEMO-A.
(Mais um cão?)

A sério?

Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te.Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te.Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. Amo-te. 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Quando é que o raio da palavra começa a perder o sentido?
Se é que alguma vez o teve...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Metamorfose

"E quando no fim da viagem, Grete se levantou e distendeu diante deles o corpo jovem, pareceu-lhes que os gestos da filha eram uma confirmação daqueles novos sonhos - um encorajamento para as suas boas intenções."
Kafka