" Neste dia, Morrie diz que tem um exercício para experimentarmos. É para estarmos em pé, de costas para os nossos colegas, e cairmos para trás, confiando que o outro aluno nos apanhe. a maioria de nós está pouco à vontade com isto, e não nos conseguimos largar mais do que uns centímetros antes de nos endireitarmos. Rimos embaraçados.
Finalmente, uma aluna, magra, sossegada, de cabelos escuros que, segundo reparo, anda sempre de camisolas de pescador muito largas, cruza os braços no peito, fecha os olhos, inclina-se para trás e não hesita, como num desses anúncios do Chá Lipton, em que a modelo se atira à piscina.Por um segundo, tenho a certeza de que ela vai estatelar-se no chão. No último instante, o seu parceiro designado agarra-lhe a cabeça e os ombros e segura-a com força.
- Ehh láá! - muitos alunos gritam. Alguns aplaudem.
Morrie finalmente sorri.
- Estão a ver, - diz ele à rapariga - tu fechaste os olhos. Foi essa a diferença. Às vezes não se pode acreditar no que se vê, tem que se acreditar no que se sente. E, se alguma vez as outras pessoas confiarem em nós, temos de sentir que também podemos confiar nelas - mesmo no
escuro. Mesmo quando se está a cair. "
escuro. Mesmo quando se está a cair. "
Mitch Albom