sábado, 2 de outubro de 2010

Aneurisma .

Rolou-me da boca para fora
O que me rebentou
Da minha veia criativa
Deixou ensanguentado o chão
As paredes
E a porta
Que Ele bateu quando saiu.

Violada calma
Violentada plenitude
Violência das entranhas
Viola no vão das escadas
Dedilhando o destino
O Fado que te prendeu
E te deixou as marcas negras
Das minhas doces mãos
Em teu peito cravadas.

Escorre nas paredes e no chão
Mancha a carpete de veludo Azul
E para ela corro
Me atiro e rebolo
Nua, vibrando
As cordas da viola seguindo
São dois braços, são dois braços.
Que para nada servem
Pendendo.

Sem comentários:

Enviar um comentário