segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Janela .

Tenho um vazio
Cheio de horas perdidas
A dançar diante do espelho.

A ponta do pé quase toca
Quase roça
A beira da janela aberta.
Deixa entrar o infinito
Da manhã clara.

As nuvens dissiparam
No ar paira ainda o cheiro molhado
De relva verdejante.

Agora,
Talvez dance no parapeito da janela
Para que o infinito me chame
Me envolva.

Já sinto o pé a tocar na nuvem que não está lá.

Sem comentários:

Enviar um comentário