quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Obesidade .

Não consegue ver
Ao fundo da cama está uma luz.
É apenas um clarão pequenino
Mas não o consegue ver
Não sabe que segredos esconde
A Luz.
A Luz que não vê
Tão perto,
No final do colchão,
Por de trás dos pés inchados
Por de trás do estômago farto
Que se alimentou
De sonhos,
Tantos sonhos.
Agora,
Estão envoltos no negrume da noite
Do quarto
Mal iluminado pelo clarão
Do único sonho que não consumiu.
Da candeia acessa
Ao fundo da cama
Demasiado pequena.

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