quarta-feira, 9 de março de 2011

Tempo Perdido.

Penso nas horas
que já nada significam.
Aquelas em que te abeiraste de mim
Na condição fraterna
De um forte ente querido.
Essas horas que não estão no relógio
Nunca estiveram no relógio.
Não moveram ponteiros,
Nem permaneceram penduradas na parede.
Essas horas foram nossas,
Surgiram e pereceram em nós
Tão fugazmente
Que nem nos lembraram de as agarrar.
Assim,
escaparam, foram ser tempo livre!
E nós,
Que nem pensamos em tê-lo,
ficamos perdidos num momento.
Que não é dia, nem hora, nem tempo.
É uma janela para o infinito
Onde ainda estamos,
onde o tempo voa, lá fora.

Sem comentários:

Enviar um comentário