segunda-feira, 28 de março de 2011

Nota.

Eu odeio-te. Não é tão melodioso como eu amo-te, nem tão poderoso quanto eu quero-te. Contudo, é uma frase engraçada. Gosto de ó sem o acento. Parece que alguém lhe arrancou aquela sobrancelha esquinada, deixando-o assim despido, só vagamente camuflado pela pronuncia bem aberta do som que tipicamente lhe pertence. Porém, a parte mais airosa da frase é o te. Nutrir ódio (ai que este não veio depilado!) é algo intrinsecamente inexplicável. Mas um te, um te assim tão banal, deixa clara a bela merda que o incógnito dono do te fez. Curioso como algo tão recôndito no nosso pacote sentimental aparece assim tão delicadamente para abençoar o te. Cómico, diria mesmo!

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