quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Agosto.

Sob o olhar perdido
Que vagueia sem dar por isso
Sobejam campos amarelados.
Não dourados,
pois o ouro que os banhava
Perdeu-se no ar de Agosto.

É na imensidão do trigo seco
Que vagueiam os seus sonhos
Os sonhos reais
Tão seus.
Aqueles que tivera nas mãos
E voaram com a brisa de Agosto.

Fecha os olhos
Para o ver uma vez mais
Trocando o vasto campo
Pelo sorriso que a enternecia
Pelas palavras, as mil palavras
Que ecoavam em Agosto.

Os campos continuam a correr
Bem como horas e dias
Setembro chegou assim,
Amarelo canário
Na sombra do que fora nela
No Azul de Agosto.

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