quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Espaço .

Entre linhas
De um destino que fui traçando
O Vazio cresce
Como a tinta derramada
O Vazio mancha
Cobre o esboço a carvão
Que procurei fazer
Onde procurei encontrar-te.

A pouco e pouco
Marcas do que serias em mim
Deixaram o espaço
E tornaram-se nada
E o nada,
o nada é Vazio.

Será frio?
Nada seria frio
se ainda premanecesse
Nas borras de tinta
Que pintaram o que serias
Serias calor, pois Tu
Tu serias Tudo
Um tudo tão diferente
Pleno

Colorido

E o nada é de que cor?
Nenhuma?
Cor alguma?
A cor nada interessa
Quando a mancha é Vazio
Quando o esboço se dissipa
E tu desapareces
Entre as linhas de um vazio
Com pedaços de destino
Nos meandros da sua composição.

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